data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Pedro Piegas (Diário)/
O castramóvel vai começar a funcionar em Santa Maria no dia 30 de março. O trailer adaptado será utilizado para a castração gratuita de fêmeas caninas e felinas. Na última semana, a estrutura móvel passou por vistoria do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) e recebeu o aval do órgão.
O trailer adaptado está equipado com mesa para cirurgia, lavatório, armários, recipientes, monitor, balança, ar-condicionado e estrutura para que os animais se recuperem durante um breve período após o procedimento de esterilização. Parte desses itens foi instalado pela empresa mineira Ninagut Consultoria Veterinária, responsável pela operacionalização, e o restante já estava no castramóvel quando ele foi adquirido.
LOGÍSTICA
As primeiras cirurgias vão contemplar as famílias que possuem um grande quantitativo de animais (superior a 20). De acordo com a médica veterinária da prefeitura, Patrícia Silveira, a superintendência de Bem-Estar Animal, setor responsável pelo serviço, já está entrando em contato com estas pessoas para marcar as cirurgias.
- Nós estamos marcando por bairros, geralmente, em alguma entidade da prefeitura para que possamos utilizar a luz e a água. Então, estas pessoas vão levar os animais até o local (definido). A partir de maio, começamos as castrações dos animais inscritos na prefeitura até o início de março - explica.
O levantamento divulgado aponta que 217 famílias cadastraram 402 animais, que estão aptos para realizar a cirurgia na estrutura móvel. Com os cadastros realizados, as cirurgias estão garantidas até fevereiro de 2023. A previsão é que 86 castrações sejam feitas por mês, totalizando mais de 1 mil esterilizações no período de trabalho previsto (10 meses).
data-filename="retriever" style="width: 50%;"> data-filename="retriever" style="width: 50%;">Salas de cirurgia e pós-operatório, respectivamente
O restante dos animais que devem passar pelo procedimento serão encaminhados pelas três Organizações Não-Governamentais (ONGs) cadastradas na prefeitura: a Associação dos Amigos Protetores dos Animais de Santa Maria (Aapasm), a Somos Pet e o Clube Amigos dos Animais.
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Um cronograma deve ser divulgado previamente para a comunidade, assim como, todos que realizaram o cadastro vão receber uma ligação para receber as informações de data e horário da cirurgia do seu pet. Na prática, o trailer vai funcionar em dois dias da semana. Um deles será em algum bairro da cidade e o outro será destinado para os animais provenientes das ONGs.
MICROCHIPAGEM
Além de castradas, as fêmeas caninas e felinas serão microchipadas. O chip é como se fosse a identidade do animal, porque indica os dados do tutor, como nome, endereço e telefone. O principal objetivo do procedimento é incentivar a posse responsável e reunir informações que auxiliem em eventual perda, furto ou desaparecimento do pet. Conforme o superintendente de Bem-Estar Animal, Alexandre Caetano, com a microchipagem será possível fazer, além do controle de natalidade, um controle populacional dos pequenos animais da cidade:
- Nós sabemos que é pouca coisa ainda, mas tem que ter um começo. Santa Maria tem mais de 62 mil cães e mais de 30 mil gatos. Por isso, esse trabalho de cirurgias de castração e de microchipagem tem que ter uma continuidade e não pode parar.
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A expectativa do setor é que após a conclusão deste período de trabalho com as fêmeas, os machos caninos e felinos também sejam contemplados com o serviço a partir de um novo projeto.
PROCEDIMENTO
O procedimento será a ovariohisterectomia, que consiste na retirada dos ovários e do útero. Inicialmente, o castramóvel será utilizado somente para fêmeas porque elas costumam apresentar mais problemas reprodutivos, como tumores venéreos, infecções uterinas e neoplasias mamárias (câncer).
CUSTOS
O custo das cirurgias deve ser pago pelo município. Já os cuidados no pós-operatório, que envolvem o uso de colar elisabetano e/ou roupa cirúrgica, assim como medicamentos, serão responsabilidade dos tutores ou das ONGs, caso o animal tenha sido encaminhado por uma organização. Caso seja necessário exames prévios, estes também devem ser pagos pelos tutores/ONGs. Todas as famílias cadastradas deverão comprovar que compraram os materiais e medicamentos indicados antes do procedimento cirúrgico ser realizado.